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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PARA QUEM VAI O SEU VOTO?

Ano de eleição. A campanha ainda nem começou direito, mas temos a sensação de já termos visto o mesmo filme muitas vezes. Candidatos prometem de tudo. Ricos ou pobres, eles se esforçam para vencer a apatia e a descrença da população. Gastam sola de sapato e se apresentam como velhos amigos, na tentativa de se aproximar mais dos eleitores. Todos são bons filhos, bons netos, bons maridos, bons pais, bons irmãos, amam a comunidade e querem o melhor para a população. Todos são trabalhadores e competentes. Além disso, são tementes a Deus e amam o próximo. Quanta virtude! Os candidatos jogam pesado.

Eleição se vence com estratégia, com o jogo duro do corpo-a-corpo e com esforço intenso para atingir o coração e a mente do maior número possível de pessoas. Nas grandes cidades, ninguém vence uma eleição municipal sem uma máquina eleitoral cheia de recursos, que inclui muita pesquisa e marketing. Como que por milagre, o candidato deixa de ser água suja e se torna vinho bom. Nessa corrida de poucos vencedores, as igrejas evangélicas atualmente exercem um papel fundamental pela sua “capilaridade” (palavra que marqueteiros e políticos adoram usar...) e influência na sociedade.

Por reunir muita gente com fortes laços afetivos e espirituais, é sempre um alvo importante. Os políticos precisam chegar no púlpito; eles querem o apoio do pastor. Recebem oração e dizem: “Aleluia!” Se um político se apresenta como crente, então, suas chances aumentam. O apoio dos evangélicos é cobiçado no Brasil. Mas todos nós já vimos esse filme e, infelizmente, ele não termina bem. A cada eleição, as igrejas são usadas pela direita e pela esquerda, transformadas em meros instrumentos para se chegar ao poder. Não são poucos os líderes evangélicos que, encantados pelo poder político e cortejados por partidos e candidatos, negociam o apoio da igreja como se tratasse de um curral eleitoral.

O problema é que os evangélicos acabam reproduzindo o velho modelo do toma-lá-dá-cá, do interesse paroquial, pessoal, colocado acima das necessidades da população e das próprias leis. O que fazer? Ignorar a política? Muito pelo contrário: desnudá-la, mostrar sua verdadeira feição e forçar uma mudança de relação, de atitude. Em vez de negociatas, verdade evangélica. Em vez de apoio cego, cobrança de soluções para os problemas das comunidades. Em vez de púlpito aberto para mera propaganda eleitoral, igreja aberta para ouvir e questionar, até duramente, os candidatos dos muitos partidos.

Por que se organizam tão poucos debates nas igrejas? Democracia só é possível quando quem vota é bem informado acerca das decisões que está tomando. A igreja é instrumento vital para transformar o Brasil, e enquanto ela não lidar com a política de forma verdadeiramente bíblica, continuará perdendo a chance de ver o país melhorar. Ninguém leva fácil o voto de gente bem informada.

Texto enviado por Pr. Edinho Almeida

2 comentários:

Christiane Martins disse...

Amei o texto...

Reflete uma verdade que todo ano de eleição vem ocorrendo.. Imaginam que nós eleitor (evangélicos) somos conduzidos aos que os líderes religiosos falam. Mas creio que evangelico (eleitor) informado, não é engando.

Vamos continuar atentos aos políticos e não simplismente votar em quem é indicado por este ou aquele líder espiritual.

juliana disse...

Vamos nos lembrar que é importante levar em consideração educação básica, saúde (tanto física quanto espiritual)e desenvolvimento. Um país se faz de pilares. E se um político não enfatiza esses três, não adiante aplicar botox na cara pra parecer bonito, sorri e abraçar crianças na época eleitoral. Temos que pensar nas estruturas do nosso país, que é riquíssimo em todos os aspectos, mas muito mal conduzido, ainda, infelizmente. Mas vamos vibrar e votar consciente! Ouviu juventude?

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