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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

EM NOME DE QUE?

Dernière modification 10/09/2010 12:54 Frei Betto
Se a repressão marcou a geração de meus pais e a revolução a de minha juventude, hoje o estímulo à perversão ameaça os jovens


10/09/2010
Frei Betto

Muitos pais, professores e psicólogos se queixam de que parcela considerável da juventude carece de referências morais. Inúmeros jovens mergulham de cabeça na onda neoliberal de relativização de valores. Tornam público o privado (vide YouTube), são indiferentes à política e à religião, praticam sexo como esporte e, em matéria de valores, preferem os do mercado financeiro.
Sou da geração que fez 20 anos de idade na década de 1960. Geração literalmente inovadora (a Bossa era Nova, o Cinema era Novo etc.), que injetava utopia na veia e se pautava por ideologias altruístas.

Queríamos apenas mudar o mundo. Derrubar as ditaduras, a fome e miséria, as desigualdades sociais, o imperialismo e o moralismo.
Em nome do mundo sem opressão, que muitos de nós identificávamos com o socialismo, lutamos pela emancipação da mulher, contra o apartheid e em defesa dos povos indígenas. Sobretudo trouxemos ao centro da roda a questão ecológica.

Já a geração de nossos pais acreditava na indissolubilidade do casamento, na virgindade pré-conjugal como valor, na religião como inspiradora da conduta moral, na prevalência da produção sobre a especulação. Em nome de Deus, as consciências estavam marcadas pelo estigma do pecado.

Todas as gerações têm aspectos positivos e negativos. Se a minha se nutriu de ideologias libertárias, que nela incutiram espírito de sacrifício e solidariedade, a de meus pais acreditou na perene estabilidade das quatro instituições pilares da modernidade: a religião, a família, a escola e o Estado.
Esta geração da primeira metade do século XX não logrou superar o patriarcalismo, o preconceito a quem não lhe era racial e socialmente semelhante, a fé positivista nos benefícios universais da ciência e da tecnologia.

A geração posterior, a da segunda metade do século passado, promoveu a ruptura entre sentimento e sexualidade; idealizou os modelos soviético e chinês de socialismo, com seus gulags e suas "revoluções culturais"; e hoje troca a militância revolucionária pelo direito de ser burguesa sem culpa.
Ora, a crescente autonomia do indivíduo, apregoada pelo neoliberalismo, faz com que muitos jovens se perguntem: em nome de quê devemos aceitar normas morais além das que decido que me convêm? E as adotam convencidos de que elas possuem prazo de validade tão curto quanto  o hambúrguer da esquina.

Se a repressão marcou a geração de meus pais e a revolução (política, sexual, religiosa etc.) a de minha juventude, hoje o estímulo à perversão ameaça os jovens. Respira-se uma cultura de desculpabilização, já que, na travessia do rio, se deu as costas à noção de pecado e ainda não se aportou na interiorização da ética. Parafraseando Dostoiévski, é como se Deus não existisse e, portanto, tudo fosse permitido.

Quem é hoje o enunciador coletivo capaz de ditar, com autoridade, o comportamento moral? A Igreja? A católica certamente não, pois pesquisas comprovam que a maioria de seus fiéis, malgrado proibições oficiais, usa preservativo, não valoriza a virgindade pré-matrimonial e frequenta os sacramentos após contrair nova relação conjugal. As evangélicas ainda insistem no moralismo individual, sem olho crítico para o caráter antiético das estruturas sociais e a natureza desumana do capitalismo.
         
Onde a voz autorizada? O Estado certamente não é, já que pauta suas decisões de acordo com o jogo do poder e o faturamento eleitoral. Hoje ele condena o desmatamento da Amazônia, os transgênicos, o trabalho escravo, e amanhã aprova seja lá o que for para não perder apoio político.

O enunciador coletivo, o Grande Sujeito, existe: é o Mercado. Ele corrompe crianças, no modo de induzi-las ao consumismo precoce; corrompe jovens, no modo de seduzi-los a priorizar como valores a fama, a fortuna e a estética individual; corrompe famílias através da hipnose televisiva que expõe nos lares o entretenimento pornográfico. E para proteger seus interesses, o Mercado reage violentamente quando se pretende  impor-lhe limites. Furioso, grita que é censura, é terrorismo, é estatização, é sabotagem!

As futuras gerações haverão de conhecer a barbárie ou a civilização? A neurose da competitividade ou a ética da solidariedade? A globocolonização ou a globalização do respeito e da promoção dos direitos humanos - a dimensão social do amor?
Pais, professores, psicólogos, e todos que se interessam pela juventude, estão desafiados a dar resposta positiva a tais questões.

Frei Betto é escritor, autor de "A mosca azul - reflexão sobre o poder" (Rocco), entre outros livros.
http://www.freibetto.org/
Twitter:@freibetto

terça-feira, 7 de setembro de 2010

INDEPENDÊNCIA “E” MORTE?

Ser independente de algo que está nos escravizando é muito bom. E hoje, comemoramos a Independência do Brasil, relembrando um distante 7 de setembro de 1822, quando um cara chamado Dom Pedro I, que era o príncipe regente na época “mandou bem” e não submeteu-se ao então domínio econômico imposto por Portugal, dando início a um processo que culminou na emancipação política do Brasil. Essa independência foi boa, e era preciso, afinal Portugal estava nos explorando e não nos dava nada em troca. A célebre frase pronunciada às margens do Rio Ipiranga “Independência ou Morte” ficou registrada na história.




Mas hoje eu quero falar de uma independência que trouxe a morte para a humanidade. Um dia Deus colocou o homem no jardim do Éden e disse para ele que poderia comer das frutas do jardim, exceto da fruta do conhecimento do bem e do mal. Deus estava propondo para a humanidade uma vida plena e abençoada, mas Adão e Eva quiseram seguir caminhos independentes, fora da vontade de Deus. O resultado disso? A morte.



Todas as vezes que o ser humano quer se tornar independente de Deus, seguindo seus próprios rumos, os caminhos que ele resolve seguir são caminhos de morte. Morte física e espiritual.



Convido você hoje, que tem tentado levar uma vida de independência, que está afastado da presença de Deus, fazendo coisas que não deveria estar fazendo, levando uma vida totalmente errada, a ir de encontro ao Senhor. Ele te recebe de braços abertos, te perdoa, restaura sua vida e te dá uma passagem para o céu.

As nossas iniqüidades nos separam de Deus...

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar...

Aquele que se arrepende e deixa alcança misericórdia...

Um abraço!

Edvaldo
Blessed